Leia a República

Leia a República
Stuart Carvalhais, ilustração para um bilhete postal de propaganda ao jornal República. Década de 1910.

11.º C, a nossa turma

11.º C, a nossa turma
de Aguiar da Beira para o Mundo

Pesquisar neste blogue

VAMOS REPUBLICAR

Neste blog, pretendemos, de uma forma original e criativa, dar a conhecer alguns aspectos da 1.ª República portuguesa. E outras curiosidades desse tempo...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

4 de Outubro de 1910

Para ler do último verso para o primeiro:

Em Lisboa
A revolução republicana
Começou
Na madrugada do dia 4 de Outubro de 1910
Grande revolução portuguesa
Do século XX
O movimento revolucionário maior
Nasceu
De pequenos grupos de conspiradores
Do exército e da marinha
Dirigentes civis
E grande número de
De populares armados
Apesar de alguma resistência
Apesar de confrontos militares e
O exército fiel à monarquia
Não conseguiu derrotar os revoltosos

Rei morto rei posto




video em http://www.youtube.com/watch?v=oLzj3fdTiwo

No dia 1 de Fevereiro de 1908, dá-se, em Lisboa, um atentado contra a família real. São mortos o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe I. Com a morte de ambos, foi aclamado rei D. Manuel II, que tinha apenas 18 anos.

No palco da morte
No sulco da sorte
No vinco tão fundo
Do mais fundo corte
Está morto o rei
O rei já não vive

No sulco tão fundo
Do mais fundo vinco
No palco do mundo
Na porta sem trinco
O rei já não vive
Está morto o rei

D. Carlos exangue…
No chão derradeiro
O real sangue
Do príncipe herdeiro…

No palco da sorte
No vinco da morte
No corte tão fundo
Do sulco mais forte
Está morto o rei
O rei já não vive

Rei morto rei posto
São regras do mundo…
D. Carlos no rosto
De D. Manuel II…

11.ºC

O novo rei procurou o apoio de todos os partidos monárquicos, mas mesmo assim não conseguiu que os republicanos desistissem de acabar com a monarquia em Portugal.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Sem campo em 1910 e em 1911 com o mundo aos pés



imagem retirada de http://img228.imageshack.us/i/1213yk3.jpg/

Mas que grande problema
Mas que grande confusão
Será que vamos conseguir
Arranjar uma solução???

Para os jogos não há campo
Para o clube não há maneira
Será que vamos conseguir
Ultrapassar esta barreira???

Vamos deixar a Feiteira
Com um jogo de primeira!!!

Vamos para Sete Rios
Estamos nos sete céus
Estamos nas sete quintas
A caminho dos troféus
Por entre golos e fintas
Por entre bonitos chapéus
Estamos nas sete quintas
Estamos nos sete céus
Agora ninguém nos pára
Agora ninguém nos passa
E o pontapé dispara
Direitinho para a Taça!!!

Vamos deixar a Feiteira
Com um jogo de primeira!!!

Estamos em Sete Rios
E nos quatro cantos do mundo
A nossa bandeira se agita!!!
Arrastamos multidões
Arrastamos legiões
Verdadeiros campeões
O nosso nome? BENFICA!!!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

No escurinho do cinema


Em 1910, dá-se a implantação da República. Aos novos governantes, não escapou a importância do cinema. Infelizmente, foi letra morta o decreto que introduzia, como instrumento de natureza pedagógica e didáctica, o filme na Escola. E quando Portugal entrou na Primeira Grande Guerra mundial, logo foi criado um serviço cinematográfico, junto do Exército, que realizou uma série de documentários. Só não apareceu um cineasta capaz de empunhar uma câmara de filmar para retratar ou filmar a grande transformação socio-política por que o país tinha passado... Em 1910, João Tavares conclui o projecto Os crimes de Diogo Alves (filme de que existe uma cópia na Cinemateca Nacional) que marca o início da produção de filmes de enredo em Portugal. Alfredo Nunes de Matos, portuense, criou também em 1910 a firma Invicta Film, para se dedicar à produção de «panorâmicas», filmes de reportagem e fitas de propaganda industrial. De 1910 a 1917 foram muitas as dezenas de filmes produzidos por esta firma. De muitos se conhecem os títulos, embora quase nada reste desse documentarismo em que a firma de Nunes de Matos se especializara.

domingo, 6 de dezembro de 2009

31 de Janeiro de 1891

No Porto, do frio Janeiro o último dia
Armada, viu a primeira grande revolta
Contra o regime ferido da monarquia
De um golpe fundo de um povo à solta

De um povo à solta que quer liberdade
Contra o ferido regime da monarquia
A ganância da morte toma a cidade
Toma a cidade a perdida sorte
Perdido sentido perdendo o norte
No sangue correndo a morte bebia

No Porto, o último dia do Janeiro frio
Primeira, viu a grande revolta armada
Em defesa do regime a fiel guarda saiu
E tornou a voz do povo por ora calada

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

D.Carlos, o Lavrador

Porte atlético, olhos claros, louro cabelo
Dilecto filho de Luís I e de Maria Pia,
Dedicado ao duro estudo com desvelo
Em busca do grã poder da sabedoria.

Por bela Amélia de Orleães apaixonado,
Mais propenso à coragem do que ao medo
À pintura e nobres artes mui dedicado
E ágil desporto, livre natura desde cedo.

Devoto incensador de mil e uma actividades
(ó campos do Alentejo ardentes como um beijo)
Em cada maré alta crescem maiores saudades

Como um pequeno veleiro subindo o Tejo…
Entre o olhar e a vida nascem cumplicidades
E o canto do mar português eternamente novo desejo.

14 de Janeiro de 1890

Em 14 de Janeiro de 1890
Joaninha voa voa
Que grande manifestação
Está rebentando em Lisboa!
Monárquicos e republicanos
Todos juntos contra o Rei!

Em 14 de Janeiro de 1890
Sape gato sape gato
Que grande manifestação
Provocou tal Ultimato!
Monárquicos e republicanos
Todos juntos contra o Rei!

Em 14 de Janeiro de 1890
Era não era andava na serra
Que grande manifestação
Sopra o vento de Inglaterra!
Monárquicos e republicanos
Todos juntos contra o Rei!

Nascimento do Partido Republicano

Operários, agricultores e trabalhadores rurais
Cansados de só conhecerem dificuldades
Cansados de só conhecerem descontentamento
Cansados de se deitarem com a pobreza
Cansados de ver os ricos enriquecerem mais
Num mundo tão rico de desigualdades
Num mundo tão rico de sofrimento
Num mundo tão rico de rude incerteza
Em que o vazio enche dos pobres a mesa
Em que a dor é o único alimento
Em que a miséria caminha nas cidades
Altiva, impassível na sua calma fria
Unem as mãos e os gritos num gesto
Calam os soluços e a fome e os ais
Soltam a raiva e o sonho num protesto
Contra os sucessivos governos da monarquia
Contra a monarquia sucessivamente desgovernada
E os operários, os agricultores e os trabalhadores rurais
Cansados de estarem cansados e cheios de nada
De cheio cansaço que palmilha descalço a mesma estrada
Cansados de carregarem ao colo o desengano
Dia após dia
Mês após mês
Ano após ano
Quiseram ser reis do real adeus da monarquia
Quiseram as leis que a própria lei não queria
E, em 1876,
Eis
Que nasceu o partido republicano.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009