Uma obra de Maria Paula de Azevedo, destinada aos mais pequenos:
Na sua «Breve história da literatura para crianças em Portugal», da Biblioteca Breve, Natércia Rocha afirma, na página 59:
«Está-se em plena fermentação: forte propaganda republicana com ideais de difusão cultural, avanço tecnológico exigindo expansão para produtos vários, crescimento demográfico enchendo as escolas, reflexos do Romantismo e da agitação expressa pela chamada Geração de 70. A legislação derivada da Constituição de 1911 apresenta projectos importantes para as crianças: bibliotecas escolares, definição dos objectivos da educação, ensino primário gratuito e obrigatório. Na referida Constituição de 1911, no n.º 4 do artigo 3.º do título III, consigna-se a liberdade da criança; desenvolve-se o ensino infantil oficial, que durará até 1936. O reconhecimento de que a criança passou a ser consumidor forte de leitura - mesmo que indirectamente - constitui fenómeno da primeira metade do século XX.»
Na página 60, lê-se:
«Entre 1900 e 1911, surgem quatro jornais para crianças e é após esta última data que se firmam os grandes nomes, tanto de páginas e suplementos como de jornais independentes: «ABCzinho», «Notícias Miudinho», «Pim-Pam-Pum», «Correio dos Pequeninos», e mais tarde «O Sr.Doutor», «O Papagaio», «O Mosquito», «O Cavaleiro Andante», e outros.(...) Não devem ser esquecidos, neste início de século, «O Gafanhoto» dirigido por Henrique Lopes de Mendonça e Tomaz Bordalo Pinheiro, com cuidada apresentação, «O Jornal dos Pequeninos», dirigido por Ana de Castro Osório e em 1911 «Revista Infantil» sob a direcção do seu proprietário, J.Fontana da Silveira.»
Outros nomes:
Henrique Marques Júnior, responsável pela «Biblioteca das Crianças, que publica, entre 1898 e 1910, 13 títulos, incluindo contos de Grimm e de Perrault;
António Figueirinhas, responsável por outra «Biblioteca das Crianças» e, em 1912, por «Contos para as crianças»;
Maria O'Neill, responsável pela «Biblioteca para a Infância», cujo primeiro título surge em 1913;
Maria Paula de Azevedo, responsável pela «Biblioteca Branca», de 1922;
Virgínia de Castro e Almeida, responsável pela colecção «Biblioteca para os Meus Filhos», de 1907.
E muitos mais escritores enriqueceram o espólio da literatura para criança...
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Carolina Beatriz Ângelo
A proclamação da República em 1910 acalentou nas mulheres a esperança do reconhecimento do direito ao voto. «E, nesta crença, a médica Carolina Beatriz Ângelo, viúva e mãe, escudando-se no facto de o Código Administrativo então vigente conceder aos «chefes de família» o direito de voto nas eleições municipais, requereu o seu recenseamento como eleitora. A inscrição foi-lhe primeiramente negada, mas finalmente concedida por decisão do tribunal. Deste modo, no dia 28 de Maio de 1911, ela votou, «tendo sido não só a primeira portuguesa, mas a primeira latina a fazê-lo.» A desilusão, porém, não se fez esperar, pois a lei eleitoral de 1913 corrigiu esta ousadia, restringindo o direito de voto apenas aos cidadãos de sexo masculino.»
Sousa, Maria Reynolds (1985), «As primeiras deputadas portuguesas», in A Mulher na sociedade portuguesa, visão histórica e perspectivas actuais, Actas do colóquio de 20 a 22 de Março de 1985, Instituto de História Económica e Social, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Sousa, Maria Reynolds (1985), «As primeiras deputadas portuguesas», in A Mulher na sociedade portuguesa, visão histórica e perspectivas actuais, Actas do colóquio de 20 a 22 de Março de 1985, Instituto de História Económica e Social, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929)
A morte de Inês
Tornou-se, em 1901, professor de pintura histórica na Academia de Belas-Artes de Lisboa, onde se formara na sua juventude. Em 1914, Bordalo Pinheiro foi nomeado pelo novo regime republicano, então recentemente instaurado, para o cargo de director do Museu Nacional de Arte Contemporânea.
Tornou-se, em 1901, professor de pintura histórica na Academia de Belas-Artes de Lisboa, onde se formara na sua juventude. Em 1914, Bordalo Pinheiro foi nomeado pelo novo regime republicano, então recentemente instaurado, para o cargo de director do Museu Nacional de Arte Contemporânea.
AQUILINO RIBEIRO
Paço do Fontelo, em Viseu
Rua do Arco, em Viseu
Nasceu em 1885, no Carregal da Tabosa, Sernancelhe, e faleceu em Lisboa, em 1963. Em 1933, recebeu o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, pela publicação da obra “As Três Mulheres de Sansão” e, em 1935, foi eleito seu sócio correspondente. Em 2007, a Assembleia da República homenageou o homem e o escritor, transferindo, com honras de Estado, o seu corpo para o Panteão Nacional de Santa Engrácia.
Em 1907, escreve «A filha do jardineiro», em parceria com José Ferreira da Silva, obra de ficção que serve a propaganda republicana. Aquilino mostra-se crítico face às figuras do regime monárquico, defendendo sempre o ideário republicano.
Aquilino, sempre que voltava à Beira, visitava Viseu. Diz-se que a primeira entrada de Aquilino em Viseu se fez pela Porta dos Cavaleiros, na Rua do Arco.
Aquilino esteve preso no Paço do Fontelo, de onde se evadiu.
Rua do Arco, em Viseu
Nasceu em 1885, no Carregal da Tabosa, Sernancelhe, e faleceu em Lisboa, em 1963. Em 1933, recebeu o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, pela publicação da obra “As Três Mulheres de Sansão” e, em 1935, foi eleito seu sócio correspondente. Em 2007, a Assembleia da República homenageou o homem e o escritor, transferindo, com honras de Estado, o seu corpo para o Panteão Nacional de Santa Engrácia.
Em 1907, escreve «A filha do jardineiro», em parceria com José Ferreira da Silva, obra de ficção que serve a propaganda republicana. Aquilino mostra-se crítico face às figuras do regime monárquico, defendendo sempre o ideário republicano.
Aquilino, sempre que voltava à Beira, visitava Viseu. Diz-se que a primeira entrada de Aquilino em Viseu se fez pela Porta dos Cavaleiros, na Rua do Arco.
Aquilino esteve preso no Paço do Fontelo, de onde se evadiu.
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