Florbela Espanca, grande poetisa portuguesa, ingressou, em 1912, no liceu masculino André de Gouveia, em Évora, sendo uma das primeiras mulheres em Portugal a poder frequentar o ensino secundário. Em 1917, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, sendo uma das 14 mulheres entre as centenas de alunos que, na altura, aí estudavam. Nesse mesmo ano, Florbela começou a sua colaboração em vários jornais e revistas, como o «Portugal Feminino», defendendo a igualdade de tratamento entre homens e mulheres e a emancipação feminina. Deixamos aqui a nossa singela homenagem a essa grande poetisa que deu voz aos valores republicanos:
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Mostrar o caminho
É unir as mãos e continuar sozinho
É choro, é riso, é canto, é suor!
É lutar pela liberdade até ao fim
É querer iluminar da mina o fundo
É criar manhãs de oiro e de cetim
É ser condor e reclamar o mundo!
É ter fome, é ter sede de igualdade
Por elmo, os valores em que acredita
E por pena as penas da sociedade!
É ousar enfrentar o que vier
É dar rosto à República que grita
É ser luz, é ser amor, é ser Mulher!
11.º C (com base no famoso soneto «Ser Poeta», de Florbela Espanca)
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